A
Poesia tem um quê de sagrado. Serve para imantar alguém. Nos
momentos críticos foi farol de muitos. Lembrar Mandela a se aferrar
em um poema em uma cela: “Eu sou o capitão da minha vida”. As
palavras poéticas são faróis. Ajudam a alimentar o espírito, a
não permitir que endureça o coração. Poesia é chuva só que a
água é a própria essência do que deve ser um Deus. Concretamente,
para os que vivem o que pode ser apenas decodificado em matéria do
tempo globalizado, a Poesia não serve para nada. O início da
História do Mundo foi descrita pelos poetas. Os que inscreveram em
cavernas, antes da palavra falada. E mesmo muito dos tempos ditos
primitivos e antigos, foi possível entender graças aos poetas. Aí
estão a Ilíada
e a Odisseia
como registro de Arte e História. A Poesia escrita é uma fonte de
beleza a qual poucos recorrem. Mas ninguém fica imune à Poesia, ela
é o Sublime, o Transcendental, a ponte para outra dimensão que
eleva o Ser e amplia Visões, Entendimento e Compreensão. Está em
Toda Parte. Poesia necessita um receptor. Ela sempre estará lá.
Onipresente, a tornar a vida mais amena, a embalsamar em invisíveis
ataduras curativas nossas almas.
Bárbara
Lia – poeta e romancista (Curitiba, PR).